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Os procuradores da República do Ministério Público no Rio de Janeiro, Renato de Oliveira e Leonardo Freitas, viajam para Londres para colher o depoimento do ex-diretor da empresa SBM Jonathan Taylor. Na CPI da Petrobras, o britânico, que trabalhou por nove anos na SBM, indicou que a empresa pode ter feito pagamentos de mais de US$ 92 milhões em propina em troca de contratos com a estatal entre 2003 e 2011.

Ele ainda citou que as comissões recebidas por Julio Faerman, representante da SBM no Brasil, atingiram US$ 193 milhões. Mas dois terços seriam destinados ao pagamento de propinas.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Freitas explicou o motivo da viagem, que ocorre ainda nesta quarta-feira, 5: “Nosso objetivo é tirar algumas dúvidas, esclarecer alguns fatos e fixar algumas questões de tudo o que ele já disse para nossas investigações”, declarou.

Na segunda (3) e terça (4), os procuradores estiveram na Suíça para negociar com o Ministério Público local o envio de cerca de US$ 54 milhões aos cofres públicos do país. O dinheiro congelado nas contas suíças é de Faerman. O empresário fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal em maio e, pelo entendimento, deu seu sinal verde para a recuperação do dinheiro fruto da propina e que está depositado na Suíça.

Se no Brasil Faerman se beneficiará do acordo de delação premiada, na Suíça ele continuará sendo investigado. Ontem, o Ministério Público em Lausanne indicou que vai convocá-lo a depor na Suíça. Ele é suspeito de ter cometido crimes de lavagem de dinheiro usando o sistema financeiro local.

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