A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer que defende a extinção do processo em que a Itália pede a extradição do ex-ativista Cesare Battisti. O STF aguardava apenas o posicionamento da PGR para analisar se revogará ou não a prisão preventiva do italiano, que está preso em Brasília desde março de 2007.

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Battisti foi beneficiado no último dia 13 por uma decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu refúgio político a ele. Na última sexta-feira (23), os advogados do ex-ativista protocolaram agravo regimental no Supremo pedindo que seja concedida imediatamente liberdade ao italiano.

No parecer da PGR, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, destacou que, caso o Supremo decida pela extradição do italiano, a Procuradoria concordará com a posição da Corte.

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Ele, porém, recomendou o arquivamento do processo de extradição, uma vez que a Lei 9.474 prevê que a pessoa submetida a refúgio político não pode ser extraditada.

A análise definitiva do Supremo sobre o caso deve ficar para o dia 2 de fevereiro, quando o Judiciário retoma suas atividades.

A concessão do refúgio a Battisti gerou um incidente diplomático entre Brasil e Itália, que recebeu a notícia com indignação, uma vez que ele era tido como um dos chefes da organização de extrema esquerda ''Proletários Armados pelo Comunismo."

Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país, em 1993, por suposto envolvimento em quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979. Ele sempre negou os crimes.

Na última sexta (23), o governo da Itália entrou com uma ação no Supremo pedindo o direito de se manifestar no processo em que a Corte decidirá se liberta Battisti, fato que pode atrasar ainda mais a análise do pedido de liberdade.

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