O deputado estadual Caito Quintana (PMDB) apresentou um projeto de lei que pretende permitir os mesmos direitos aos benefícios previdenciários concedidos aos heterossexuais, para os homossexuais que vivem em união estável. O projeto, apresentado nesta semana na Assembléia Legislativa, ainda passará pela análise das comissões permanentes antes de ir à votação plenária.

CARREGANDO :)

A iniciativa busca garantir aos servidores públicos estaduais, para fins de benefícios previdenciários, a averbação da condição de parceiros do mesmo sexo. "Assim, asseguramos os direitos deles e evitamos o desamparo e a discriminação em virtude da orientação sexual", disse Quintana ao site da Assembléia Legislativa.

Se o projeto for aprovado, o companheiro do segurado passará a ser dependente da Previdência Social. Para que isso se concretize serão exigidos alguns documentos, como a declaração de terceiros do reconhecimento da relação de companheirismo por mais de dois anos, apresentação de comprovantes de residência por igual período e termo de compromisso de compra e venda em nome das duas pessoas.

Publicidade

Em 2004 um assunto envolvendo homossexuais foi tratado na Assembléia. Na oportunidade, os deputados apreciaram um projeto de lei que pretendia proibir no Paraná a discriminação por orientação sexual. A matéria, porém, foi rejeitada pelos deputados. Segundo a assessoria da Assembléia, 9 estados, 13 capitais e mais 73 municípios brasileiros já aprovaram leis antidiscriminatórias.

STF

A união estável é discutida também no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o tema aguarda um parecer. O STF irá decidir se o regime jurídico das uniões estáveis previsto no Código Civil poderá ser aplicado aos casais homossexuais. A ação foi proposta pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que sugere o reconhecimento legal da união estável de casais de gays e lésbicas. Se o parecer for favorável, os casais homossexuais passariam a ter direito, por exemplo, a pensão em caso de morte do cônjuge, pensão alimentícia e herança.

Alguns tribunais brasileiros já firmaram jurisprudência em conceder a casais homossexuais direitos em relação à herança (metade do patrimônio construído em comum pode ficar para o parceiro); plano de saúde (inclusão do parceiro como dependente); pensão em caso de morte (recebimento se o parceiro for segurado do INSS); guarda de filho (concessão em caso de um dos parceiros ser mãe ou pai biológico da criança) e emprego (a opção sexual não pode ser motivo para demissão).

Como você avalia a proposta do deputado? Deixe sua opinião no formulário abaixo

Publicidade