Manifestantes contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff entraram em confronto com a Polícia Militar (PM) nesta segunda-feira (29), na Avenida Paulista, enquanto ela se defende no Senado. O batalhão de choque não deixou os militantes se reagruparem e já jogaram bombas de gás lacrimogênio. Os policiais não estão usando bala de borracha.
Alguns manifestantes estão arrastando latas de lixo para o meio da rua, onde atearam fogo em sacos de lixo. Enquanto isso, maior parte do ato se concentra na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), aos gritos de “fora, Temer”.
O público da manifestação não é o mesmo dos que costumavam ir aos atos do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa de ônibus na capital.
Há pessoas mais velhas na linha de frente, inclusive muitos grisalhos que cobriram o rosto como black blocs depois das bombas.
Os gritos, no entanto, em grande parte são os mesmos. “Não acabou! Tem que acabar! Eu quero o fim da polícia militar!”, cantam.
Segundo a Polícia Militar, 800 pessoas estão presentes. O movimento, marcado para começar às 17 horas na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, compostas por movimentos sociais. Nas redes sociais, dos cerca de 23 mil convidados, 3,5 mil haviam confirmado a presença faltando uma hora para a manifestação começar.
Com bandeiras e faixas onde se lê frases como “Fora Temer”, o grupo cantou ainda “Não vai ter golpe, vai ter luta”, entre outros refrões. Os manifestantes acreditam que a petista possa voltar ao poder. Um carro de som disposto na praça anima a multidão com músicas de cunho político.
O trânsito da Paulista nos dois sentidos foi interrompido, na altura da Consolação. Não há congestionamento no local.
Lula está acordado e passa bem sem sequelas após cirurgia cerebral de emergência
Confira os detalhes do que houve com Lula e o estado de saúde após a cirurgia; acompanhe o Entrelinhas
Milei completa um ano de governo com ajuste radical nas contas públicas e popularidade em alta
Prêmio à tirania: quando Lula condecorou o “carniceiro” Bashar al-Assad
Deixe sua opinião