Movimentos sociais e sindicatos marcaram para esta quinta-feira (20) uma série de manifestações em ao menos 12 capitais para se opor ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), pedido nos protestos deste domingo (16). Embora defenda a manutenção da presidente no cargo, o ato vai criticar medidas do governo federal, como o ajuste fiscal. Em São Paulo, os organizadores do ato esperam reunir 50 mil pessoas.
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Leia a matéria completa“O ato do dia 20 é um ato de cobrança (do governo), de crítica. Não achamos que impeachment é saída para crise e, para nós, ele significa retrocesso. Mas não dá para ter visão simplista de que o ato de domingo foi “Fora Dilma” e nós somos “Viva Dilma”. Nosso ato não é a favor do governo. É a favor dos trabalhadores”, disse Guilherme Boulos, um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Além do MTST, participam da organização do ato desta quinta-feira a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Intersindical e a União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outros movimentos. Em coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Jornalistas, em São Paulo, os líderes dos movimentos criticaram o movimento deste domingo:
“O protesto de domingo mostra uma indignação seletiva. A gente não viu cobrança ao Eduardo Cunha, que é investigado pela Lava Jato, aos corruptos da Operação Zelotes, à chacina que matou 18 pessoas em Osasco”, disse Edson Carneiro, o Indio, secretário-geral da Intersindical.
Com o nome “Contra a Direita e o ajuste fiscal”, o ato se baseia em três eixos. Na área econômica, o grupo defende que sejam aprovadas medidas contra os mais ricos, como a taxação de grandes fortunas, e não contra trabalhadores, como o aumento da terceirização. O segundo ponto prevê marcar oposição ao presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a pauta conservadora no Congresso, que envolve, por exemplo, a redução da maioridade penal. Por fim, o grupo defende que a crise seja enfrentada por saídas à esquerda, que envolvam reforma tributária e urbana.
No Twitter, #carnacoxinha vence #foradilma e #foraPT
Leia a matéria completaA proposta da chamada Agenda Brasil não entrou no manifesto dos movimentos sociais, que havia sido aprovado uma semana antes. Mesmo assim, os líderes dessas organizações devem se opor às medidas. Segundo Índio, a proposta encabeçada pelo presidente do Senado Renan Calheiros, deveria se chamar “Agenda Esfola Brasil”.
Guilherme Boulos também faz coro em relação à proposta de Renan.
“O tom da Agenda Brasil é de retrocesso para a maioria do povo. Não há espaço para fazer pacto com governo em torno disso. Assim como não tem como fazer pacto com quem defende Eduardo Cunha e com quem tira “selfie” com a PM que matou quase 20 em Osasco”, afirmou.
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