Após a proposta do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), repercutir no encontro do partido nesta quinta-feira (4) em Brasília, outros governadores eleitos do partido deixaram claro que esta não é a posição oficial do PSB. Durante o encontro, ele levantou a ideia de a base do governo indicar o senador eleito Aécio Neves (PSDB) como presidente do Senado, estabelecendo um pacto com a oposição em prol da governabilidade.
"Essa é uma proposta que o Cid lançou, não foi o PSB que lançou. O partido não vai defender essa proposta", disse Renato Casagrande, governador eleito do Espírito Santo.
"A posição não é do PSB, é algo que partiu do Cid. O partido não deve deliberar sobre isso durante esta reunião", afirmou Wilson Martins, governador eleito do Piauí.
Segundo Cid Gomes, só depende da presidente eleita para que a ideia entre em prática. "Convencida a Dilma, o PT se convencerá". Sobre a possível irritação que viria do PMDB caso Dilma apoiasse a indicação de Aécio, Cid disse que "se o PMDB não quiser aceitar, não aceita. Mas vai aceitar", afirmou.
Ele disse também que, ao fazer a proposta ao partido, houve quem aplaudisse - no entanto não quis citar nomes. "Mas o Eduardo Campos (presidente do PSB e governador de Pernambuco) também defende a aproximação com a oposição em prol da governabilidade", declarou.
Wilson Martins disse que é necessário analisar as propostas da campanha de José Serra. "Ela [Dilma] vai governar com mais folga do que governou o Lula, vai governar com maioria na Câmara Federal e também no Senado Federal. É importante que a presidente possa estar estendendo a mão à oposição no sentido da governabilidade. É preciso ver o que tem de bom, o que tem de positivo, o que é de apelo popular que foi proposto pelo candidato da oposição", afirmou o governador eleito do Piauí.
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