Prestes a concluir o processo formal de criação do partido, os presidentes estaduais do PSD irão se reunir na próxima quarta-feira (17) à noite, em Brasília, para iniciar a definição da estratégia da legenda nas eleições municipais de 2012. "Essa reunião já é a fase seguinte da constituição do partido. O encontro é para definir a posição do partido nas eleições municipais e as alianças", afirmou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, eleito hoje o presidente nacional do PSD.
Segundo Kassab, a estratégia inicial do PSD é lançar candidatos em municípios em que isso for possível. É a intenção, por exemplo, para São Paulo. Na capital paulista, Kassab pretende emplacar o vice-governador do Estado, Guilherme Afif, como o candidato da legenda.
Kassab afirmou, porém, que a política de alianças é fundamental em um País como o Brasil, marcado por uma forte diversidade regional. "O PSB será nosso principal parceiro para definir alianças", disse. No Rio de Janeiro, o PSD vai apoiar a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Nesse contexto, os presidentes estaduais do PSD deverão se reunir na próxima quinta-feira, às 8 horas, com a presidente Dilma Rousseff (PT). "É uma visita de cortesia, para que possamos nos apresentar", revelou.
A audiência entre o partido e a presidente foi acertada ontem, em Brasília, durante a reunião entre Kassab e Dilma para discutir, entre outros pontos, a possibilidade de a União reduzir de 9% para 6% a taxa de juros cobrada da dívida com a prefeitura de São Paulo, que hoje soma, aproximadamente, R$ 46 bilhões.
Kassab ponderou que a aproximação entre o PT e o PSD em nível federal não significa que a aliança pode ser estendida para as eleições municipais de São Paulo. "O PSD nasce como um partido independente", assegurou, ressaltando que o partido apoiará o governo Dilma nos momentos em que as ações adotadas forem compatíveis os princípios e diretrizes do PSD.
Registro eleitoral
Em paralelo, o PSD segue o processo de criação da legenda junto à Justiça Eleitoral. De acordo com Kassab, a expectativa é de que, até a próxima sexta-feira, a área jurídica do partido apresente toda a documentação necessária para o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Na próxima semana, vamos apresentar a ata da eleição do diretório nacional, as 500 mil assinaturas e as atas das convenções estaduais para o TSE. Essa parte já está resolvida. Agora, é com os advogados", disse Kassab.
Na avaliação de Kassab, a criação do PSD será alvo de contestação dos outros partidos até o último momento, a exemplo do que ocorreu nas últimas semanas com as representações do DEM e do PTB, arquivadas pelo TSE. "Eles vão tentar, porque, no fundo, o que eles querem fazer é terrorismo midiático. A mídia inocente tem dificuldade em consultar advogados para entender que é tudo balela o que eles estão falando", ironizou o prefeito.
Hoje, o PSD realizou a sua convenção nacional para a escolha da direção executiva nacional, evento realizado na sede estadual do partido em São Paulo, no edifício Joelma, no centro de São Paulo. O evento formalizou o nome de Kassab, candidato único, como o presidente da legenda. Os vice-presidentes eleitos foram a senadora Katia Abreu, o governador de Santa Catarina, Raymundo Colombo, e o ex-ministro da Previdência Social Roberto Brant. O escolhido para o cargo de secretário-geral foi Saulo Queiroz. Além disso, o PSD também criou uma comissão para definir o seu programa, que será liderada por Afif.
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