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O PSD, partido a ser fundado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab, ainda não tem um viés ideológico definido, mas nasce com vocação governista e com alto poder de fogo na eleição municipal de 2012: terá sob seu domínio máquinas públicas em estados e prefeituras com orçamentos acima de R$ 60 bilhões.

O poder das estruturas locais será decisivo na eleição. Em São Paulo, Kassab administra um orçamento de R$ 31,7 bilhões. Os governadores Omar Aziz (AM) e Raimundo Colombo (SC), que anunciaram o ingresso na legenda de Kassab, comandam, respectivamente, recursos de R$ 10,4 bilhões e R$ 17,9 bilhões.

Com o registro em cartório marcado para a próxima semana, o PSD surgirá no cenário político nacional com, pelo menos, cinco vice-governadores. Além de Kassab, outro prefeito de capital deve fechar com a legenda, o de Maceió, Cícero Almeida (PP).

Na Câmara, são 41 deputados federais comprometidos a entrar na sigla, número que pode chegar a até 45. No Senado, dois parlamentares anunciaram o ingresso na legenda, número que pode chegar a seis - entre os que estão no radar do PSD, os senadores Jayme Campos (DEM-MT) e Ciro Nogueira (PP-PI).

A estratégia inicial da cúpula do partido, desenhada por Kassab, é fortalecer o PSD politicamente, para depois poder viabilizá-lo juridicamente. O pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), último passo para criação oficial da sigla, quando forem coletadas as quase 500 mil assinaturas, deve ser feito apenas no fim de junho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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