Em convenção realizada na quarta-feira (30), o PSDB decidiu apoiar a candidatura do senador Raimundo Colombo (DEM) ao governo do estado. Os tucanos tinham a expectativa de lançar a candidatura do governador Leonel Pavan (PSDB) à reeleição, mas o diretório nacional do partido apelou pelo sacrifício em prol de um palanque no estado para a campanha de José Serra (PSDB) à Presidência.
Colombo terá na chapa o deputado federal Paulo Bauer (PSDB) e o ex-governador Luiz Henrique (PMDB) como candidatos ao Senado. A união entre DEM, PSDB e PMDB reedita no estado a chamada tríplice aliança.
O presidente do diretório estadual tucano, Beto Martins, relata que o partido estava disposto a lançar Pavan como candidato, mas horas antes da convenção recebeu uma notificação do diretório nacional de que a tríplice aliança deveria ser reeditada.
Aliado de Serra, o Democratas pressionou o PSDB para indicar o candidato a vice-presidente e acabou por emplacar o deputado Índio da Costa (DEM-RJ) na vaga. O anúncio foi feito na tarde de quarta.
Bases frustradas
Para Martins, a retirada da pré-candidatura de Pavan "frustrou as bases". Segundo ele, desde as eleições de 1998 o partido não lança candidato próprio no estado. Pavan assumiu o governo porque era vice de Luiz Henrique (PMDB), que deixou o cargo para concorrer ao Senado.
"O PSDB já vem abrindo mão há muito tempo de ter candidato ao governo em função de um projeto que não é necessariamente o nosso. A corda esticou muito. O cenário nebuloso, indefinido, só aumentou as expectativas."
Segundo ele, prefeitos e deputados tucanos agora estão trabalhando para reagrupar as bases. "O partido tem que reconhecer que o momento mais uma vez foi adiado. Nosso problema não está nas lideranças. Nossa questão é a base, é o vereador na ponta. Eles trabalhavam batendo o tambor de que chegou a hora. Nossa convivência nos municípios é melhor com o PP do que com PMDB", diz.
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