Aliados dos prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro comemoraram hoje os resultados da pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial que mostram a queda de seis pontos percentuais da petista desde o final de fevereiro.
Líderes do PSDB e do PSB atribuem a redução de Dilma ao caso Petrobras e a resultados negativos da economia. A pesquisa Datafolha de 2 e 3 de abril mostra que Dilma seria reeleita no primeiro turno com 38% dos votos.
Aécio teria 16%. Campos, 10%. Candidatos de partidos menores somam 6%. O pré-candidato do PSDB manteve o mesmo percentual da pesquisa anterior, realizada no final de fevereiro, enquanto Campos cresceu um ponto percentual.
Líder do PSDB, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que o principal resultado da pesquisa mostra que "a única candidata que tem campanha declarada" teve queda entre os eleitores. "É o conjunto da obra: Petrobras, inflação que está voltando, falta de correspondência entre os anúncios do governo e a realidade. Nós não temos como subir porque ainda não estamos em campanha", afirmou.
Para o tucano, a manutenção das intenções de voto em 16% para o senador Aécio Neves não preocupa o PSDB porque o tucano ainda não está em campanha. "Não tem como subir, não se tem campanha nas ruas. Quem tem que estar preocupada é ela [Dilma]", afirmou Aloysio Nunes.
Líder do PSB, o deputado Beto Albuquerque (RS) também minimizou o pequeno crescimento de Eduardo Campos ao afirmar que o ex-governador de Pernambuco não é conhecido nacionalmente e só será após o início oficial da campanha eleitoral. "É óbvio que o Aécio e o Eduardo não são conhecidos hoje como é a Dilma. É muito imaginar crescimento fora da eleição."
Em relação aos 27% recebidos pela ex-senadora Marina Silva (Rede), que deve ser a vice de Campos na corrida presidencial, o deputado disse que o resultado mostra que a chapa Campos-Marina tem um "potencial de crescimento" que vai impedir Dilma de ganhar em primeiro turno.
"Eles vão somar os esforços. Os 10% do Eduardo se somarão aos votos da Marina. Temos dois candidatos numa chapa só, nenhum outro está nessa situação. Vamos compensar nosso tempo de televisão com a ida dos dois para lugares diferentes na campanha", afirmou.