Alckmin e Aécio, os presidenciáveis do PSDB: corrida por novas filiações.| Foto: George Gianni/Fotos Publicas

O PSDB irá fazer uma campanha de filiação ao partido às vésperas dos protestos contra o governo Dilma Rousseff marcados para o domingo (16).

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O ato tucano, previsto para acontecer nesta sexta-feira (14 ) em algumas capitais do país, será focado principalmente nos jovens e servirá como uma prévia da sigla para a convocação da população às manifestações.

“Enquanto nosso principal adversário, o PT, se esconde da sociedade brasileira, nós vamos conversar com a sociedade. É hora de haver um encontro entre a insatisfação generalizada no país e a política representativa até para que possa haver um desfecho adequado para essa gravíssima crise que o Brasil está mergulhado e um desfecho que respeite as regras constitucionais”, afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

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Na sexta, ele participará pela manhã do evento de filiação em Maceió (AL ), que será transmitido por teleconferência para os demais atos espalhados pelo país.

Em reunião nesta terça-feira (11) com os 27 presidentes regionais do PSDB, Aécio pediu empenho no chamamento da população às ruas e cautela para que não partidarizem os protestos.

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“[Aécio quer] Que o partido ajude a mobilizar, que os militantes estejam nas ruas, e que os parlamentares se somem a eles mas nada de subir em palanque, nada de dar margem a qualquer especulação de que estamos partidarizando”, disse o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ).

Criticado por não ter participado de outras manifestações anti-Dilma, Aécio afirmou que ainda não decidiu se participará dos atos de domingo (16) -seu temor é personalizar a participação, já que representa o maior partido de oposição.

O tucano ainda minimizou ainda as declarações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que evitou nesta segunda-feira (10) se posicionar favoravelmente à saída da presidente. Perguntado sobre o que acha melhor para o Brasil -cassação, renúncia ou continuidade –, Alckmin afirmou que “não devemos tirar o foco da investigação” do escândalo na Petrobras.

Na semana passada, um grupo de parlamentares ligados a Aécio defendeu novas eleições como uma solução para recuperar a estabilidade do país. Para eles, a pressão popular pode ser capaz de levar a uma renúncia de Dilma e do vice-presidente Michel Temer.

“Essas divergências em relação ao que pensa o Alckmin, até Serra [senador José Serra] e Aécio, vejo na imprensa, não nas nossas conversas. Não cabe ao PSDB se essa ou aquela é a melhor saída. Cabe ao PSDB dizer quais são as alternativas possíveis, inclusive a da própria permanência da presidente. Se ela readquirir as condições de governabilidade -muitos dos seus aliados acham que isso não é mais possível- existem saídas via parlamento, a partir de decisão do TCU e via TSE. Todas elas dentro da ordem constitucional”, disse Aécio.

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Vale-tudo

O senador também rebateu a acusação de Dilma de que as oposições no país fazem um “vale-tudo” para atingir “qualquer governo”. Para ele, quem fez um “vale-tudo” foi a presidente e o PT ao usar “de todos os instrumentos à sua disposição, alguns lícitos e outros não, para vencer as eleições”.

“O Brasil assistiu em 2014 o maior vale-tudo da nossa história, com empresas públicas se subordinando ao interesse da candidatura presidencial, a mentira, o engodo, o falseamento de números e a demora de tomada de medidas de interesse da população para exclusivamente vencer as eleições. Quem não pensou primeiro no Brasil foi a presidente da República e o seu partido que pensaram exclusivamente nas eleições e a conta agora chega muito salgada”, disse.

Nesta segunda-feira, ao participar da entrega de moradias do programa Minha Casa Minha Vida em São Luís (MA), Dilma afirmou que é preciso pensar “primeiro no Brasil” para que o país atravesse as graves crises política e econômica que enfrenta, antes dar prioridade a partidos e projetos pessoais.

“Quero fazer um apelo. Vamos repudiar sistematicamente o vale-tudo para atingir qualquer governo, seja federal, estadual ou municipal”, disse a presidente.

O senador replicou: “Se tem alguém que não priorizou os interesses do Brasil foi a presidente e seu partido”, disse.

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