| Foto: Ana Volpe/Ana Volpe/Agência Senado

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu nesta terça-feira (26) que o vice-presidente Michel Temer deve tratar em nível institucional a participação de tucanos em seu “eventual futuro” governo. Segundo o tucano, a direção da legenda “não deverá se opor” a essas participações.

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“Se amanhã o presidente Michel Temer optar por querer nossa participação, deverá fazer institucionalmente com a direção do partido, que não deverá se opor”, disse o tucano após reunião de quase três horas com a bancada do PSDB na Câmara para discutir como a legenda se portará em um eventual governo do peemedebista.

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A declaração de Aécio foi um recado direto a Temer de que uma indicação do senador José Serra (SP), principal nome da sigla cotado para integrar o primeiro escalão de futuro governo Temer, deve ser negociada com a direção partidária, e não diretamente com o tucano a ser indicado. No domingo passado, Serra se reuniu a sós com Temer em Brasília.

Embora tenha dito que não vai se opor como presidente do partido, Aécio sinalizou que pessoalmente continua contra o PSDB assumir cargos no governo. “Para mim, cargos são secundários”, disse, ao ser questionado se sua fala de hoje significava uma mudança de opinião pessoal.

Como vem mostrando o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, a participação dos tucanos em eventual governo Temer divide os principais membros do PSDB. Enquanto Serra tem sido o principal entusiasta, Aécio e o governador paulista Geraldo Alckmin, que planejam disputar a presidência em 2018, são pessoalmente contra.

O presidente do PSDB também rechaçou a proposta de que tucanos que assumirem cargos em um futuro governo Michel Temer devem se licenciar do partido. A ideia foi defendida por membros do legenda, como o secretário-geral da sigla, deputado federal Silvio Torres (SP).

Agenda emergencial

Na entrevista, Aécio confirmou que o partido deverá apresentar na reunião da Executiva Nacional do partido, marcada para 3 de maio, uma “agenda emergencial”, com 12 a 15 propostas de saída para crise econômica que o Brasil vive. De acordo com o senador, a agenda será entregue a Michel Temer.

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