O presidente do Diretório Estadual do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), negou que o partido recebeu propina vinda de contratos públicos. "Não. Em absoluto. Nem sei quem era o presidente do partido na época, em 1997, mas com certeza, não (recebeu)", disse. Documentos da Polícia Federal (PF) obtidos pela reportagem mostram como funcionou o suposto esquema de pagamento de propina a integrantes do governo de São Paulo e à legenda pelo grupo francês Alstom.

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"Eu, como presidente do partido, não tenho esse relatório. Se a Polícia Federal está fazendo um trabalho investigativo e, sendo o trabalho procedente, isso vai gerar um relatório para o corregedor-geral do Estado, Gustavo Ungaro", disse. "De posse da materialidade de fatos concretos, (o governo do Estado) deve tomar as medidas para defender o interesse do Estado e cobrar o ressarcimento de alguém que possa ter gerado prejuízos de forma ilícita ou inescrupulosa."

O criminalista Cláudio Mariz de Oliveira, advogado do o ex-secretário de Energia e vereador Andrea Matarazzo, disse que "era humanamente impossível que Matarazzo tivesse ingerência administrativa de todas as empresas" citadas. Matarazzo foi acusado de corrupção passiva. A Alstom informou, em nota, que não foi informada da investigação. "Nesse contexto, a Alstom não comentará o artigo publicado", diz o texto. Os demais empresários e servidores públicos citados pela Polícia Federal no caso não foram localizados.

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