O PSDB pediu nesta quarta-feira (07) que o Ministério Público Federal do Distrito Federal abra investigação contra o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, alvo de suspeitas por conta de suas atividades de consultoria no período após sua saída da prefeitura de Belo Horizonte e chegada ao ministério. Os líderes tucanos na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e no Senado, Alvaro Dias (PR), argumentam na representação que o caso de Pimentel se assemelha ao do ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci. Palocci deixou o governo em junho após suspeitas em torno do rápido crescimento de seu patrimônio, resultado de seu trabalho como consultor. Na ocasião, o Ministério Público decidiu investigar Palocci. "Passados pouco mais de cinco meses, a história se repete, agora com outro ministro deste governo, o senhor Fernando Pimentel", afirmam os líderes na ação, segundo comunicado do PSDB. Nogueira e Dias pediram ainda à Comissão de Ética Pública, órgão vinculado à Presidência da República, que também investigue Pimentel. O ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi pediu demissão do cargo no último domingo após recomendação da Comissão de Ética para que Dilma o exonerasse após denúncias de irregularidades na pasta. Reportagens publicadas na imprensa nos últimos dias afirmam que Pimentel ganhou 2 milhões de reais em 2009 e 2010, período após deixar o cargo de prefeito de Belo Horizonte e antes de assumir o ministério, com atividades de consultoria. Uma das empresas atendidas por ele teria ganho uma licitação com a prefeitura da capital mineira depois da saída de Pimentel do cargo. O ministro conseguiu fazer seu sucessor na eleição de 2008. O ministro nega ter realizado tráfico de influência, afirma que não ocupava cargos públicos quando atuou como consultor e que nenhuma das empresas que atendeu tem relações com o governo federal. "É absolutamente necessária a investigação em relação às denúncias. Não se pode ter um ministro sob suspeição. A base governista impediu hoje que aprovássemos a convocação para que o ministro viesse prestar esclarecimentos à Câmara. Agora, estamos recorrendo ao Ministério Público e ao Conselho de Ética", disse Nogueira. Mais cedo, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara rejeitou requerimento de autoria de Nogueira para que Pimentel comparecesse à comissão para dar explicações. Apesar da pressão dos oposicionistas sobre o ministro, Pimentel segue com apoio do Palácio do Planalto, segundo duas fontes ouvidas pela Reuters. Sete ministros já deixaram o governo da presidente Dilma Rousseff, seis deles em meio a denúncias de irregularidades. Além de Palocci, Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte) e Carlos Lupi (Trabalho).
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