O PSDB defende a escolha da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) como relatora do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado. O plano do partido é convencer o PMDB a não participar do comando da comissão especial que deve ser formada para apreciar o caso a partir de terça-feira (19). Com a maior bancada na Casa, os peemedebistas têm direito a escolher a presidência ou a relatoria da comissão.
“O ideal é que o PMDB não faça parte da cúpula da comissão, já que é o partido do vice-presidente”, disse à Gazeta do Povo o líder tucano no Senado, Cassio Cunha Lima (PB). Nos bastidores, Temer já teria avalizado a proposta. A “solução” Ana Amélia seria uma saída para dar mais credibilidade a um relatório contra Dilma e amenizar o discurso de golpe defendido pelos petistas.
A gaúcha é tida como um nome alheio à política tradicional. Foi jornalista da RBS por 33 anos, até resolver se candidatar a senadora, em 2010. Em 2014, concorreu ao governo do Rio Grande do Sul e acabou em terceiro lugar.
Os tucanos também querem ficar com a presidência da comissão. O nome indicado pelo partido para o posto será o do ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. “É o melhor senador para essa função pela formação técnica que tem, pela qualidade como senador, pelo profundo conhecimento que tem das normas da Constituição e pelo equilíbrio pessoal”, justificou Cunha Lima.
Os planos incluem tirar o presidente do partido, Aécio Neves, da linha de frente da disputa política sobre o impeachment no Senado. Aécio não será nem incluído na comissão – além de Anastasia, as outras duas vagas vão ficar com Cunha Lima e Aloysio Nunes (SP).
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião