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Presidente Dilma Rousseff atacou a oposição pelo que chama de manobra do impeachment. | Agência Brasil
Presidente Dilma Rousseff atacou a oposição pelo que chama de manobra do impeachment.| Foto: Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (11) que não se surpreendeu com a decisão do PSDB de aderir ao pedido de impeachment deflagrado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porque, segundo ela, os tucanos sempre foram a base desse pedido. Ela afirmou que seu governo não quer interferir no PMDB.

“Não é possível que os jornalistas aqui presentes tenham ficado surpreendidos [com a adesão do PSDB ao impeachment]. Aliás, a base do pedido e das propostas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é o PSDB. Sempre foi. Ou alguém aqui desconhece esse fato? Porque se não fica uma coisa um pouco hipócrita da nossa parte nós fingirmos que não sabemos disso”, disse Dilma em rápida entrevista após a cerimônia da 21.ª Edição do Prêmio Direitos Humanos.

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Dilma afirmou que sua conversa com o vice Michel Temer, na última quarta-feira, foi “muito rica”. “Tivemos uma conversa pessoal e institucionalmente, do meu ponto de vista, muito rica. E colocamos a importância de todos os nossos esforços em direção da melhoria da situação econômica e política do nosso país”, afirmou.

Perguntada sobre o pedido de Temer para não se intrometer nos assuntos internos do PMDB, a presidente respondeu: “A minha conversa com o vice-presidente Temer eu entendo que ele tenha considerações em relação ao PMDB, ele é presidente do partido. Então o governo não tem o menor interesse em interferir nem no PT, nem no PMDB, nem no PR. Agora, o governo lutará contra o impeachment. São coisas completamente distintas”, afirmou, referindo-se inicialmente a Temer como presidente e somente em seguida fazendo a correção.

Dilma diz que governo ‘ainda discute’ meta fiscal para 2016

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (11) que o governo ainda está discutindo se vai aprovar ou não para 2016 uma meta de superavit primário (receitas menos despesas) de 0,7% do PIB como quer o ministro Joaquim Levy (Fazenda). Segundo a presidente, ainda há “posições diferentes” entre seus ministros e auxiliares sobre o assunto.“Nós ainda estamos discutindo isso [meta fiscal]. Dentro do governo pode ter posições diferentes”, declarou a presidente.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Levy ameaçou deixar o governo se não for aprovada para o ano que vem uma meta de superavit primário de 0,7% do PIB.

A parlamentares governistas da Comissão Mista de Orçamento, o ministro disse que sua permanência na pasta “perderá sentido” se a meta fiscal for zerada, como defendem uma ala do governo e parlamentares da base aliada. Questionada sobre uma eventual saída de Levy caso o Palácio do Planalto não cumpra a meta fiscal desejada por ele, Dilma disse: “Não respondo perguntas com esse grau 90 de subjetividade”.

Dentro do governo há quem defenda o superavit zero que, segundo interlocutores de Levy, levaria o Brasil a perder o grau de investimento das agências de classificação de risco Moody’s e Fitch e aprofundaria ainda mais a crise.

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