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O tamanho das manifestações deste domingo (16) não vai afetar apenas a presidente Dilma Rousseff e o PT. Pela primeira vez, o PSDB atuou na linha de frente da convocação dos protestos. E, no embalo dos descontentes, promoveu na semana passada campanhas de filiação em todo país. Um possível encolhimento do número de pessoas nas ruas vai cair na conta do partido.

Mas a ideia de marchar ao lado dos antipetistas está longe de ser unanimidade entre os tucanos. O governador Beto Richa, por exemplo, manifestou-se abertamente contra a adesão da legenda às manifestações. O próprio Richa sofreu na pele com uma série de protestos encabeçados por servidores, que chegaram ao auge na batalha do Centro Cívico, dia 29 de abril.

Do outro lado, o senador Alvaro Dias, que foi um dos apoiadores da ideia de o PSDB se unir aos manifestantes, diz que vai decidir na última hora se comparece ato de Brasília. O presidente nacional da sigla, Aécio Neves, é esperado em Belo Horizonte (MG). O líder do PSDB no Senado, Cassio Cunha Lima, vai participar em João Pessoa (PB). Os senadores Aloysio Nunes e José Serra são esperados na Avenida Paulista, em São Paulo.

Há outra divisão mais séria entre os tucanos. Uma ala ligada a Aécio passou a defender nos últimos dias a realização de novas eleições – que só ocorreria legalmente em caso de renúncia ou de cassação da chapa Dilma-Temer, opções que não dependem de ações diretas do PSDB e soaram entre os governistas como golpe.

O núcleo tucano de São Paulo, encabeçado por Serra e Geraldo Alckmin, prefere esperar por evidências que possam levar a um processo de impeachment, o que tornaria Michel Temer presidente, ou simplesmente concentrar-se nas eleições de 2018.

Outra rusga é sobre o posicionamento diante da crise. Na semana passada, tanto Alckmin quanto Aécio disseram que não cabe ao PSDB apresentar caminhos para a saída da crise política. “Ficou parecendo que não tínhamos o que oferecer, justamente quando o Renan chegou com uma proposta”, relata Alvaro.

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