O PSol protocolou nesta quarta-feira (30) uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O partido questiona a conduta do magistrado em relação às acusações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Para a bancada do PSol no Congresso, a conduta do ministro é bastante questionável. Assinam a representação o deputado Ivan Valente, presidente nacional do partido; deputado Chico Alencar, líder na Câmara, deputado Jean Wyllys e senador Randolfe Rodrigues, líder no Senado.

O documento pede a investigação dos fatos e, caso haja comprovação de conduta indevida, a bancada pede que sejam adotadas as medidas cabíveis, no âmbito administrativo, civil ou penal pela Procuradoria. O PSol diz que é preciso investigar o motivo que levou o ministro a anunciar a reunião um mês após ela ocorrer.

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"Sua reação de permanecer em silêncio, inclusive diante da assertiva de que tal constrangimento seria estendido aos demais membros do STF, deve ser apurada", destaca a representação.

Segundo o partido, Gilmar Mendes negou que tenha voado de jatinho cedido, mas afirmou que se tivesse sido oferecida a carona, não consideraria nada de "anormal" em aceitá-la.

"Há sim algo de anormal em um ministro do STF aceitar caronas aéreas em aviões particulares. A função jurisdicional, assim como qualquer outra função pública, exige absoluta cautela em aceitar qualquer favor e nítida separação entre o público e o privado", afirma o partido em nota.