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O PSOL prepara um requerimento para pedir que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras também investigue a construção do gasoduto de Urucu-Coari-Manaus. A obra, que custou R$ 4,5 bilhões, já é alvo de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU). O valor inicial era 71% menor: R$ 1,3 bilhão.

As obras da estação reguladora de pressão de gás (ERP) começaram em 2006, mesma época em que, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

A construção do gasoduto Urucu foi uma das mais caras obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), inaugurada pelo ex-presidente Lula em 2009. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que por também se tratar de uma operação envolvendo a Petrobras, é necessário incluir o gasoduto nas investigações da CPI. "Como o governo queria fazer, colocando nos objetos o Porto de Suape e o cartel no Metrô de São Paulo era impossível, por se tratar de coisas diferentes. Agora o cenário muda", destacou.

Para fazer um adendo aos objetos da comissão de inquérito, o senador Randolfe vai precisar recolher assinatura de 27 senadores, mesmo procedimento usado quando se trata de um requerimento para a criação da CPI. A tendência é que, por se tratar de tema adjacente ao inicial, os mesmos 29 senadores que apoiaram o requerimento proposto semana passada assinem também a ampliação dos objetos da apuração.

A ampliação das investigações da CPI da Petrobras é um dos caminhos alardeados pelo governo para tentar blindar a presidente Dilma Rousseff nas investigações. Na última quinta-feira, as lideranças entraram em campo e ameaçaram iniciar a coleta de assinaturas para que os objetos da comissão incluíssem investigações sobre Suape e cartel.

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