Os deputados do PSOL vão apresentar na próxima terça-feira (13) o pedido de cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética da Casa. Esse será o primeiro movimento formal contra o mandato do peemedebista desde que vieram à tona informações de contas secretas na Suíça em seu nome e de seus familiares.
A peça será composta por informações de documentos enviados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao PSol, em resposta a questionamentos feitos pela sigla sobre as contas.
Conforme informou a Folha de S.Paulo, nesta quinta-feira (8), o banco Julius Baer informou às autoridades suíças que Cunha e seus familiares figuram como beneficiários finais de contas secretas onde estão depositados US$ 2,4 milhões (R$ 9,3 milhões), dinheiro que está bloqueado. Cunha negou, em depoimento à CPI da Petrobras, em março, que tivesse contas fora do país. A resposta da PGR, contudo, confirma a existência das contas, embora não trate de valores, nem de titularidades.
Os próximos passos após a rejeição das contas de Dilma
Após a decisão desta quarta-feira (7) do Tribunal de Contas da União (TCU) que recomendou, por unanimidade, a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, o trâmite para análise do parecer ainda terá um longo caminho até chegar ao Congresso Nacional.
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Nesta quarta-feira (7), 30 deputados federais de sete partidos políticos protocolaram na Corregedoria da Câmara representação pedindo a abertura de processo de cassação de Cunha. Além da identificação pelo Ministério Público da Suíça de contas secretas naquele país, Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
O próprio grupo de deputados – que representa apenas 5,7% do total de cadeiras da Casa – reconhece que acionar a Corregedoria é apenas um passo inicial, com efeito possivelmente mais simbólico do que prático.
Isso porque cabe à Corregedoria encaminhar a representação para que a Mesa da Câmara decida o que fazer. A Mesa é presidida por Cunha e composta por seus aliados.
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