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Menos de um mês depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intervir para impedir a bancada do PMDB de criar um "blocão" na Câmara dos Deputados, petistas e peemedebistas do Senado seguiram o exemplo e estão concluindo a montagem de dois superblocos. O do PMDB terá 33 integrantes, quatro nomes a mais do que os 29 parlamentares do bloco capitaneado pelo PT.

Integrantes dos dois partidos afirmam que não querem o confronto e nem medir forças. Mas um senador ironiza a situação, dizendo que o quadro se compara a uma "guerra fria" em que a futura presidente da República, Dilma Rousseff, terá de pacificar seus dois principais aliados para evitar que o ressentimento gerado pelo loteamento de cargos reflita na sua base de apoio.

De acordo com o líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), além dos 14 senadores de seu partido, estarão no bloco os 5 parlamentares do PR, 4 do PDT e 3 do PSB e mais os nomes do PC do B (2) e do PRB (1). "A nossa possibilidade é termos um bloco de 29 senadores, mas só vamos formalizar de comum acordo com os demais partidos da Casa", afirma.

No caso do PMDB, as articulações estão sendo feitas pelo líder Renan Calheiros (AL). É dado como certa a criação do bloco formado pelos 20 senadores do partido, além de 6 do PTB, 5 do PP além dos PMN e do PSC, cada um deles com um senador. "Se for para medir forças, nossa situação é melhor, isso faz parte da democracia", ironiza um peemedebista.

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