O senador Aloizio Mercadante lançou sua candidatura ao governo de São Paulo neste sábado com críticas à política de segurança das administrações tucanas, mas se recusou a comentar a presença de envolvidos no escândalo do mensalão na chapa de candidatos do PT paulista à Câmara dos Deputados. Além de oficializar a candidatura de Mercadante, o PT em São Paulo homologou a chapa de 58 candidatos a deputado federal. Entre eles, José Genoino, Angela Guadagnin, João Paulo Cunha, José Mentor, Professor Luizinho e Antonio Palocci.

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Embora seu nome tenha sido homologado, Palocci não confirmou a candidatura. Segundo interlocutores do ex-ministro da Fazenda, ele está mais preocupado em recompor os estragos causados em sua vida com a revelação de que participava de festas na mansão alugada pela República de Ribeirão Preto, em Brasília, e com sua defesa na Justiça. Segundo pesquisas, ele é apenas o sexto colocado entre os candidatos a deputado federal na região de Ribeirão Preto.

Genoino, que na semana passada teve as contas bloqueadas pela Justiça a pedido do BMG, a quem o PT deve R$ 2,7 milhões, se recusou a esclarecer à imprensa sua participação no escândalo. "Vou fazer uma campanha com mais povo e menos imprensa. A melhor notícia é não ver meu nome nos jornais", disse.

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Mercadante se recusou a falar sobre a presença dos acusados na chapa. No discurso de quase uma hora - durante o qual alguns militantes dormiram no Auditório Elis Regina - Mercadante não poupou críticas aos quase 12 anos de gestão tucana no estado. Criticou políticas de educação e econômica, disse que a direita proveniente da ditadura se manteve no poder no governo Fernando Henrique Cardoso e acusou José Serra de descumprir a palavra ao deixar a prefeitura para se candidatar a governador.

Mas o foco do evento foi a segurança, um mês depois de o estado ter sido atacado pelo crime organizado. "O PCC (facção criminosa de São Paulo) foi obra da omissão do PSDB e do PFL na segurança", disse Mercadante, que prometeu acabar com a Febem. - No nosso governo a Febem vai dar lugar a outro caminho. A Febem fracassou.

O candidato a vice e a política de alianças não foram definidos. O PT espera atrair o PMDB para a campanha de Mercadante. O evento terminou com uma bateria da escola de samba Unidos de São Lucas e chuva de estrelas vermelhas e prateadas, igual à convenção que homologou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, quatro anos atrás, no mesmo local.

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