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Lideranças do PT, do PCdoB e de movimentos sociais participaram nesta segunda-feira (8), na Assembleia Legislativa de São Paulo, de reunião para discutir ato em defesa da Petrobras e contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada no Senado para investigar irregularidades na estatal e na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na reunião, ficou acertada a realização de uma manifestação pública no dia 19 de junho na frente do prédio da estatal em São Paulo, na Avenida Paulista.

No encontro também foi debatida a coleta de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular contra a abertura de licitações para a exploração das reservas da camada do pré-sal. "O projeto já conta com 300 mil assinaturas e defende que deve caber à União o papel de administrar as reservas", explicou o deputado federal José Genoino (PT), presente na reunião de hoje. "É a defesa de que o petróleo é do povo brasileiro, e não do setor privado.

O encontro na Assembleia Legislativa faz parte da discussão de uma série de manifestações programadas para junho por movimentos sociais como Central Única de Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e União Nacional dos Estudantes (UNE). Nomeada de "O Petróleo tem que ser nosso!", a agenda de protestos tem o objetivo de pressionar o governo federal por mudanças em artigos da Lei do Petróleo. Os manifestantes defendem que a Petrobras volte ao controle total do Estado e a revogação de artigo da lei que marca o fim do monopólio estatal sobre a produção e refino do petróleo. "Em resumo, é um movimento para garantir a soberania do povo brasileiro sobre os nossos combustíveis", sintetiza Antonio Carlos Spis, membro da executiva da CUT.

Privatização

Além disso, o movimento serve de resistência à CPI do Senado. "A CPI é privatista. Ela diminui a credibilidade da Petrobras e fortalece as empresas do setor privado", acusa João Antônio Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), braço da CUT no setor. "Os movimentos (sociais) pretendem fazer com que a comissão não prejudique a empresa.

O líder do governo estadual na Assembleia Legislativa, deputado Samuel Moreira (PSDB), rebateu as acusações contra a CPI do Senado, que para ele só irá fortalecer a estatal - DEM e PSDB formam a minoria oposicionista entre os integrantes da comissão. "Dizer que a CPI é privatista é criação do PT. Ela é necessária para dar mais transparência à empresa e, como consequência, fortalecê-la", defendeu o tucano.

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