Os presidentes dos três partidos que defendem a realização de um plebiscito para reforma política - PT, PDT e PC do B - anunciaram nesta sexta-feira em reunião com centrais sindicais em São Paulo que mobilizaram suas bancadas no Congresso para apresentar um decreto legislativo que viabilize a realização de um plebiscito válido já para as eleições de 2014.
Pelas contas do presidente nacional do PT, Rui Falcão, os três partidos juntos têm 138 assinaturas, 33 a menos das 171 necessárias para apresentar o projeto no Congresso. O processo já foi deflagrado.
Rui Falcão se reuniu nesta sexta com o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), que se comprometeu a levar a proposta aos deputados petistas em Brasília. "O argumento técnico de que não há tempo é para afastar os leigos. O prazo de 70 dias inclui a própria consulta. O que falta é vontade política", disse Falcão. Ele ressaltou que para que o plebiscito passe a valer para 2014 a proposta tem de ser votada antes do recesso parlamentar.
O presidente do PT explicou que a coleta de assinaturas não tem relação com a comissão criada pelo Colégio de Líderes nesta semana sobre reforma política. A instalação do grupo foi adiada para a próxima semana. Dois petistas disputam a coordenação, Henrique Fontana (RS) e Cândido Vaccarezza (SP). Falcão negou que haja divisão da bancada, somente diferença de ideias. "Não tem divisão da bancada, tem contradição das escolhas", disse. O presidente nacional do PT reafirmou que trabalha para coletar as assinaturas e apresentar o decreto legislativo imediatamente ao Congresso. "Há um consenso na bancada de iniciar o processo de coleta de assinaturas para o decreto legislativo", diz Rui Falcão.
A grande ausência do encontro foi a do presidente da Força Sindical e deputado federal pelo PDT Paulo Pereira da Silva (SP). "Lamento a ausência do Paulinho, que não veio nem justificou", disse o presidente do partido Carlos Lupi. Na próxima terça-feira, 16, os presidentes dos três partidos se reúnem com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, para discutir a participação da entidade no movimento pelo plebiscito.
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