A bancada do PT na Câmara chegará rachada entre dilmistas e lulistas na reunião que vai discutir a posição do partido na disputa pelo comando da Casa a partir de fevereiro de 2015. A discussão está marcada para a terça-feira (9). A ala do partido ligada à presidente Dilma Rousseff defende o lançamento de um nome da sigla ou que a bancada costure um nome alternativo com siglas aliadas. O intuito é o de marcar posição na disputa, tese que tem o respaldo do presidente do PT, Rui Falcão.
A ideia, porém, tem encontrado resistência no grupo alinhado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Num jantar ocorrido na semana passada, 20 petistas discutiram um eventual apoio do partido ao líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), favorito na disputa. A avaliação é de que a bancada do PT enfrenta forte desgaste pela defesa do governo Dilma no Congresso e que o partido demorou a apresentar uma candidatura, o que fortaleceu o peemedebista.
Segundo interlocutores, o ex-presidente Lula defende que o PT só entre na disputa com um nome que tenha potencial para derrotar Cunha, o que não parece viável. Para o ex-presidente, dizem aliados, um racha na base aliada pode produzir efeitos piores para a governabilidade de Dilma no segundo mandato e configurar uma importante derrota na largada de seu novo governo.A presença de Lula é aguardada nesta quarta-feira (10), em Brasília, para a segunda etapa do 5º Congresso Nacional.
Apesar do racha, o ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), o deputado José Guimarães (CE) e o eleito Patrus Ananias (MG) aparecem entre os cotados para a disputar a vaga. Chinaglia reúne o maior apoio entre petistas, mas mesmo com o apoio deve ter seu nome discutido com aliados.Chinaglia deve se reunir na noite desta segunda (8) com petistas para discutir a estratégia para a reunião da bancada. O jantar na casa do deputado Décio Lima (SC) deve contar com nomes como o do líder do PT, Vicentinho (SP), e dos deputados Paulo Teixeira (SP), Henrique Fontana (RS) e Nelson Pelegrino (BA).
Vicentinho desconversa sobre um eventual acordo com Cunha. O líder petista afirmou que a tendência do partido é lançar uma candidatura própria. "Tudo será discutido e decidido na bancada", afirmou. O líder do PMDB negou que tenha sido procurado para costurar um entendimento para quebrar as resistências, como uma ação para desidratar a instalação de uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar irregularidades na Petrobras.
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