Após aprovar uma coligação com o DEM e indicar Dinancy Ranzi como vice, o PT decidiu lançar um candidato próprio a prefeito nas eleições de Dourados (MS). Descontente com a aliança com a oposição, o vereador petista Elias Ishy registrou na quarta-feira sua candidatura. Agora, rachado, o PT tem dois representantes na disputa.
A decisão final sobre o caso caberá à juíza eleitoral da cidade, Dileta Terezinha, que deve dar um parecer sobre as candidaturas até a próxima semana. Para justificar a candidatura própria, Ishy informou que a decisão da convenção municipal - que ratificou a coligação com o DEM, do candidato Murilo Zauith - foi contrária à orientação da Executiva Nacional do PT.
No entanto, o PT estadual apoia a coligação e contesta a decisão de Ishy em se candidatar. Dos 119 delegados que votaram na convenção municipal, 67 foram favoráveis à coligação, 43 contrários e nove votaram em branco ou nulo. A Executiva Nacional do PT analisa ainda um recurso contrário à coligação com o DEM, feito por descontentes do diretório estadual. Mas dificilmente o partido terá uma posição antes das eleições de fevereiro.
Além de Ishy e Zauith, que formou uma coalizão com 15 partidos, disputam o cargo Antonio Valeretto (PMN), Geraldo Sales (PSDC) e José Araujo (PSOL). No dia 6 de fevereiro, a eleição na segunda maior cidade do Mato Grosso do Sul definirá o substituto de Ari Artuzi (PDT), ex-prefeito preso em setembro pela Operação Uragano da Polícia Federal. Acusado de desvio de verbas públicas Artuzi renunciou ao mandato em dezembro.
Como não havia sucessor, porque foram presos também o vice-prefeito, Carlinhos Cantor (PR), e o então presidente da Câmara de Vereadores, Sidlei Alves (DEM), o Tribunal de Justiça do Estado convocou novas eleições. A cidade é governada interinamente pela vereadora Délia Razuk (PMDB), única entre os 12 parlamentares da Câmara a não ser indiciada pela PF.
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