Quatro dos dez partidos políticos com integrantes suspeitos de envolvimento em um esquema de desvios de recursos da área de saúde anunciaram que poderão expulsar os membros que tiverem sua participação comprovada.
Os nomes dos suspeitos estão na lista divulgada pela CPI dos Sanguessugas.
Nesta quarta-feira, o PTB divulgou nota na qual afirma que vai esperar o desfecho da investigação para decidir o futuro dos 13 deputados federais sob a mira da CPI. "O deputado do PTB que comprovadamente estiver envolvido nas denúncias de malversação de dinheiro público será levado à Comissão de Ética com pedido de desligamento dos quadros do Partido", diz a nota da Executiva Nacional da legenda.
Já o PSDB, com três deputados citados no escândalo, afirmou na véspera que "não admitirá em seus quadros pessoas envolvidas em quaisquer práticas ilícitas, especialmente em um episódio vergonhoso como este, que se convencionou chamar de 'Escândalo dos Sanguessugas".
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), afirmou na terça-feira que os quatro nomes do partido apontados na relação da CPI serão chamados a prestarem esclarecimentos à Executiva Nacional. O PPS, por sua vez, afirmou que vai pedir ao deputado Ricardo Estima (SP) que ele encaminhe à direção da legenda a mesma defesa prévia que apresentará à comissão. Na nota, o partido afirma que o parlamentar nega ter apresentado emendas ao Orçamento da União para a liberação de recursos para a compra de ambulâncias.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) pregou cautela para evitar um julgamento precipitado das pessoas apontadas.
- Não se pode generalizar. Os parlamentares da lista são acusados, são suspeitos, mas não tiveram culpa comprovada -, argumentou.
O PMDB tem cinco integrantes investigados pela CPI. Um deles é o líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB), que nega qualquer participação no caso. O partido ainda não se posicionou oficialmente em relação ao caso.
Os demais partidos citados -- PSB, PL, PP, PSC e PRB -- ainda não divulgaram se tomarão algum tipo de providência para apurar o suposto envolvimento de seus integrantes no escândalo.
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