Ainda não se sabe a causa da queda do helicóptero que caiu nesta quinta-feira na Rua do Curtume, na Lapa, matando o piloto e dois funcionários da Eletropaulo. A aeronave estava sobrevoando a área para inspecionar a fiação da rede elétrica e voava a baixa altitude. Começou a perder altura e bateu contra fios de alta tensão e o telhado de uma empresa. Um pedaço da cauda da aeronave ficou pendurado numa árvore e enroscado em fios da rede elétrica.
A investigação é feita pelo Departamento de Aviação Civil (DAC). O motor da aeronave, modelo Jet Ranger, prefixo PTH-OQ, só foi retirado do local do acidente no início da noite e passará por perícia.
Segundo a Eletropaulo, o trabalho é rotineiro, mas exige cuidados por causa do risco. A aeronave voa a apenas 30 metros do solo e a 15 metros da rede elétrica, o que precisa de uma autorização especial do Departamento de Aviação Civil.
Morreram o piloto Átila Limp da Costa Mafrae e José Oliveira de Souza e Marcelo Silva, funcionários da empresa desde 1997.
Anualmente, a Eletropaulo gasta 150 horas de vôo com essa inspeção. Os 1.700 quilômetros de linha da empresa são percorridos três vezes ao ano. São 75 vôos anuais, com uma média de 2 horas de vôo em cada dia.
Segundo a Eletropaulo, os trabalhadores costumam levar na vistoria um equipamento chamado termovisão, que verifica o aumento de temperatura da rede elétrica. Também é feita uma inspeção visual com um binóculo para verificar a estrutura física da rede.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano, disse que a inspeção em linhas de alta tensão é um serviço que só pode ser feito de helicóptero. Ele confirmou que a aeronave precisa voar baixo e muito devagar, o que torna o trabalho delicado e de risco.
- Não é a mesma coisa que pegar um helicóptero e viajar para outra cidade. A operação é de risco e precisa de normas específicas - disse Febeliano.
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