Recém-reeleito para presidir o PSDB por mais dois anos, o deputado pernambucano Sérgio Guerra falou neste sábado (28) sobre a possibilidade de fusão com legendas de oposição.
Segundo Guerra, esse é um assunto que vai estar em "pauta hoje, amanhã e depois de amanhã". O presidente do principal partido de oposição, porém, disse que essas conversas devem se intensificar após as eleições municipais do ano que vem.
"Nosso partido pretende crescer e agregar outras forças ou se juntar com outras. Isso é uma coisa que vamos construir", afirmou depois da Convenção Nacional do partido em Brasília, quando foi reconduzido ao cargo.
"A gente só não sabe o tamanho dessas incorporações, nem qual o seu caráter, mas que nós vamos nos juntar com outros partidos, não tenha dúvida", disse a jornalistas.
As discussões sobre uma possível fusão com PPS ou DEM, legendas que também fazem oposição ao governo, passarão pelo Conselho Político do PSDB, órgão que está submetido ao comando da Comissão Executiva e que foi fortalecido para contentar ao seu novo presidente, o ex-governador José Serra.
Segundo Guerra, até as eleições municipais o PSDB precisa criar uma "cara, uma mensagem e compromissos" com a sociedade e não pode ceder ao "populismo".
Questionado sobre a perda de quadros para o Partido Social Democrático (PSD), fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), Guerra disse que não sabe se a nova legenda dará certo.
"O Kassab montou o partido que reúne o sangue de muita gente, mas não sei se a partir disso se constrói um partido, acho que se constrói uma confusão", afirmou.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura