O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou na noite desta quarta-feira (23) que a reforma administrativa e ministerial do governo poderá ficar para a semana que vem, após a volta da presidente Dilma Rousseff ao país. “Existe a possibilidade de a reforma ficar sim para depois da volta da presidente”, disse Temer a jornalistas. Dilma viaja aos Estados Unidos nesta quinta-feira (24) para participar da 70.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e só volta ao Brasil na próxima terça (29).
O governo federal não definiu ainda se a reforma ministerial será anunciada nesta quinta-feira (24) , como programado inicialmente, porque líderes da base aliada, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugeriram à presidente que conversasse com todos os partidos para aparar arestas antes do anúncio, segundo fontes do Palácio do Planalto.
Lula passou a maior parte do dia com a presidente no Palácio do Alvorada. De acordo com fontes palacianas que assistiram à conversa, o ex-presidente disse a Dilma que ela deveria ouvir o vice-presidente Temer mais uma vez, o presidente do Senado, Renan Calheiros, as bancadas do PT na Câmara e no Senado e também os movimentos sociais para tentar evitar atritos. Apesar de Dilma ter passado o dia em conversas no Alvorada, até o início da noite desta quarta-feira (23) o xadrez da reforma ministerial ainda não estava fechado.
Pela manhã, a presidente recebeu o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, que levou a ela as indicações da bancada para os ministérios da Saúde e da futura pasta de Infraestrutura, que deverá unir Aviação Civil e Portos.
Dilma ofereceu duas pastas ao PMDB da Câmara, em uma tentativa de aproximação com Picciani, mas a intenção era manter o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, na Infraestrutura. No entanto, ouviu do deputado que o ministro gaúcho não representa o PMDB na Câmara, segundo fontes ligadas a Temer.
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