Reforma política não avançou por comodismo, afirma deputado

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Curitiba – Para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, deputado federal Antônio Biscaia (PT-RJ), o comodismo dos parlamentares impediu que a reforma política avançasse no Congresso. "Há vários deputados e senadores cuja maior preocupação é com a manutenção do mandato. Eles não querem tocar em pontos que possam comprometer esse mandato."

O deputado afirma que possivelmente se chegará a 2006 com as mesmas regras no sistema eleitoral e que estas regras contribuem para a "corrupção institucional do sistema político". Desse modo, na visão do petista, é importante que já se inicie a discussão de mudanças constitucionais.

Em debate realizado ontem na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o presidente da entidade, Rodrigo da Rocha Loures, apresentou a Biscaia, Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Osmar Serraglio (PMDB-PR) a proposta de criação de uma assembléia constituinte exclusiva para reformar a Constituição. "Líderes empresariais de todo o país acham que a administração da crise política impede o governo de governar", analisa Rocha Loures.

Biscaia disse defender a revisão constitucional, mas inicialmente não vê necessidade da formação de uma assembléia exclusiva. "Uma cota dos parlamentares deveria ser eleita para integrar uma assembléia com poderes para alterar a Constituição. Esses deputados eleitos estariam inelegíveis para 2010, para trabalharem com isenção." (GV)