A reforma das pistas do aeroporto de Congonhas, que poderá devolver um pouco de tranqüilidade aos passageiros que utilizam o terminal aéreo, só deverá estar concluída em oito meses, no mínimo. A previsão é da Infraero. Se não houver consenso entre as companhias aéreas sobre a interdição parcial do aeroporto para as obras ou o assunto for questionado na Justiça, o prazo poderá ser ainda maior e se estender até o final do ano. Isso significa que, se chover, o inferno na vida dos usuários vai continuar. Para o Carnaval, a Anac até elaborou um plano de emergência para evitar transtornos aos passageiros.
De acordo com a Infraero, a reforma para a pista auxiliar de Congonhas já está contratada. Ela está prevista para começar no próximo dia 27 de fevereiro. O prazo de conclusão para a melhora da drenagem e do piso é de 120 dias. A Infraero informa que só depende de um ok da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a confirmação dos trabalhos.
Enquanto isso, a licitação para a reforma da pista principal ainda está em processo. O edital deverá ser publicado até o final deste mês. Depois, há um prazo de 90 dias para a habilitação das empreiteiras. A pista principal só deve ser reformada depois que as obras na pista auxiliar terminarem. O prazo para a conclusão das obras também é de 120 dias. Se tudo correr bem, em outubro as duas pistas já estariam reformadas.
O problema é que para que isso aconteça, é preciso que haja consenso das empresas aéreas sobre o fechamento parcial do aeroporto. A Infraero lembra que em julho o aeroporto tem grande movimento por causa das férias escolares. Isso poderia levar a alguma das companhias que opera no terminal a se opor à paralisação parcial do terminal. Se houver questionamento na Justiça, as obras poderiam atrasar e só terminarem no final deste ano.
Esta semana, a Justiça determinou que sempre que chover Congonhas deverá ter as operações paralisadas para a medição da água na pista. Se a lâmina de água atingir 3 mm, o terminal ficará fechado para pousos e decolagens. O objetivo é evitar as derrapagens de aeronaves. Só nos últimos dez meses, houve quatro derrapagens na pista.
Essa determinação da Justiça transformou a vida dos passageiros num verdadeiro inferno nesta semana. Só na quinta-feira, dia em que a cidade de São Paulo teve o maior volume de chuva dos últimos 24 anos, Congonhas fechou seis vezes. Houve atrasos de todos os vôos e os transtorno se estenderam a diversos aeroportos do país, já que Congonhas recebe 80% dos vôos de todo o país.
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp