Em ofício enviado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, reitores das 63 universidades federais do país defenderam a indicação de Luiz Edson Fachin para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles defenderam que Fachin reúne todos os requisitos constitucionais para compor a mais alta Corte do país, destacando a atuação dele como professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Além de preparado, segundo os reitores, o indicado tem “nome sustentado em uma trajetória ilibada e com reconhecimento de seus pares em vários ambientes jurídicos”.

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Os reitores se manifestaram por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Fachin foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo, mas ele precisa ser sabatinado e ter o nome aprovado em votação no Senado. A sabatina está marcada para a próxima terça-feira no Senado. Há resistências em relação à indicação de Fachin. O governo está em campanha, entre os senadores, para garantir a aprovação do nome escolhido pela presidente Dilma.

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Na quinta-feira, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), integrante do grupo político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encomendou à Consultoria Legislativa do Senado parecer sobre possível ilegalidade de Fachin no exercício da advocacia. A nota, divulgada por Ferraço, acusa o indicado à vaga do STF de exercer indevidamente a profissão quando era promotor no Paraná.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se manifestou sobre a nota em apoio a Fachin. Para ele, o advogado e promotor de Justiça tem um trabalho jurídico reconhecido dentro e fora do país e a indicação dele conta com o apoio de advogados dos mais diversos matizes ideológicos.