O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira que não há uma crise na base aliada do governo e que a relação do Executivo com o Congresso é de uma "harmonia absoluta".

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Temer classificou ainda como "natural" o mal-estar provocado pela decisão de parte da base aliada na Câmara de condicionar as votações na Casa à liberação de emendas parlamentares.

"Acho que os deputados têm razão em pretender levar para as suas bases as emendas. O governo está começando a liberá-las, está se programando para liberá-las de modo que não há nenhuma perspectiva de acidente ou de preocupação na relação Executivo-Congresso Nacional. É de uma harmonia absoluta", disse Temer a jornalistas após evento em São Paulo.

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Aliados disseram à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que, para retomar as votações, querem a divulgação imediata de um calendário de liberação de emendas e o destravamento de nomeações em escalões inferiores do governo, já acordadas com a presidente Dilma Rousseff.

Questionado sobre a eventual instalação de uma CPI para apurar uma série de denúncias de irregularidades em diversos ministérios do governo, ele disse não esperar que a comissão seja instalada.

"Eu tenho a impressão de que todos que conversam conosco aparentemente não pretendem instituí-la, mas esta é uma decisão do Congresso Nacional. Nós, do Executivo, não temos que dar palpite sobre isso", afirmou Temer.

A oposição se movimenta para instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar as denúncias que atingem os ministérios da Agricultura, dos Transportes e das Cidades, entre outros. Para criá-la, a oposição precisa colher 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara.

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