Os três senadores do Paraná disputaram a eleição deste ano e mantiveram uma linha crítica contra o atual governador. Alvaro Dias (PSDB), reeleito ao Senado, foi contra a aliança do seu partido com o PMDB, que acabou barrada pelo diretório nacional tucano. Flávio Arns (PT), postulante ao governo, manteve-se neutro no segundo turno, mesmo tendo o seu partido se engajado na campanha de Roberto Requião. E Osmar Dias (PDT) foi o principal adversário do governador na campanha.
A relação do governo com o Senado, portanto, não deve ser amistosa nos próximos anos. A atuação dos três parlamentares foi criticada por Requião, durante a campanha de primeiro turno. A crítica foi respondida, principalmente por Flávio Arns, que disse que o governador nunca o chamou para conversar. Requião afirmou que teve de "lutar sozinho" pelo Paraná e disse ter descoberto que "aqueles que deveriam representar o estado em Brasília estavam apenas pensando na campanha". Tanto Osmar Dias quanto Flávio Arns utilizaram a tribuna do Senado, em agosto, para rebater as críticas.
Ontem, o senador Flávio Arns elogiou o discurso de Osmar Dias no Senado, principalmente sobre a necessidade de mudança na legislação para evitar abuso das pesquisas e acabar com a reeleição. "É um instituição no Brasil que só traz prejuízo, impedindo nascimento de lideranças e permitindo a utilização de máquina pública", disse. (DN)