O relator da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta terça-feira que, em seu relatório final, vai apontar os pilotos do jato Legacy, Joe Lepore e Jean Paul Paladino, como os maiores culpados pelo acidente com o avião da Gol em setembro passado. Além dos pilotos, Marco Maia adiantou que os controladores também serão acusados, mas em menor grau. O deputado vai pedir no relatório mais recursos para o sistema aéreo e para a modernização dos equipamentos e do software utilizados pelos controladores.

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- É evidente que só o software não garante total segurança do controle aéreo, mas uma versão mais atual pode minimizar esses riscos - enfatizou.

Os integrantes da CPI ouviram nesta terça-feira duas representantes de sindicatos ligados à aviação civil: Graziella Baggio, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, que representa profissionais que trabalham à bordo nos aviões, e Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, que falou em nome dos profissionais que trabalham em terra nos aeroportos.

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Graziella Baggio falou aos deputados à tarde e defendeu uma auditoria no setor de controle aéreo para acabar com as dúvidas sobre a eficácia do sistema. Ela afirmou, no entanto, que considera o espaço aéreo brasileiro seguro.

Baggio classificou como um desserviço à sociedade os relatórios de segurança do setor, que apresentam situações circunstanciais e geram altíssimo grau de desconfiança entre os trabalhadores.

Já Selma Balbino reclamou das terceirizações no setor. Segundo ela, algumas empresas trabalham com até 30% de empregados terceirizados. Ela relatou que o sindicato tem dificuldade de atuar por causa da falta de fiscalização pelo Ministério do Trabalho e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A presidente também afirmou aos deputados que as empresas que ingressaram recentemente no mercado (como a Ocean Air e a BRA) não têm condições de absorver o número de desempregados no setor.

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