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O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), vai propor o indiciamento de mais de 50 pessoas em seu relatório. A relação inclui o ex-chefe da Casa Civil deputado José Dirceu (PT-SP), o ex-secretário de Comunicação Luiz Gushiken, e o ex-presidente do PT José Genoino.

O relator disse que tem indícios suficientes de irregularidades em 30 contratos do governo, incluindo superfaturamento e licitações viciadas. Por isso, até o fim da investigação, deve pedir o indiciamento (ou seja, a abertura de processo na Justiça) de mais de 50 pessoas, incluindo políticos, funcionários e dirigentes de estatais e empresários.

Na terça-feira, o sub-relator de Contratos da CPI, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), vai divulgar seu primeiro relatório parcial a respeito da Skymaster, empresa de transporte aéreo que opera a rede postal noturna nos Correios. Ele vai apontar irregularidades, como o superfaturamento praticado em contratos firmados com a estatal.

- Essa empresa cometeu uma série de irregularidades e ilicitudes, que vão desde condução de licitação e conluio de empresas por meio de arrendamento simulado até remessa indevida de recursos para o exterior. É um conjunto de irregularidades muito grande - explicou o deputado.

Empréstimos

Ainda na terça, os parlamentares da CPI vão votar requerimentos, entre eles os que convocam o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e o ex-superintendente do Banco Rural Carlos Godinho. Pizzolato aparece como sacador das contas das empresas do empresário Marcos Valério. Já Godinho deu uma entrevista à revista "Época" afirmando que os empréstimos ao PT e a Valério eram de fachada, feitos "para não pagar".

Na quinta-feira, será votado o relatório parcial elaborado pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator de Fontes Financeiras. Apresentado no último dia 10, o documento pede o indiciamento do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do empresário Marcos Valério, pelo Ministério Público. Entre os crimes que pesam sobre ambos, estão a lavagem de dinheiro, a fraude contábil e o tráfico de influência, entre outros.

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