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O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo de cassação contra Demóstenes Torres (sem partido, Ex-DEM-GO) no Conselho de Ética assegurou nesta quinta-feira (31) que vai utilizar em seu relatório as informações da quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de Demóstenes no relatório no qual poderá pedir a cassação do colega. Na opinião de Costa, o uso dessas informações não deve abrir novo prazo para a defesa do goiano, pois não tratará de assuntos novos.

"Não. Até porque eu não vou atrás de coisas novas, Vou tratar do que ele falou aqui. Por exemplo, ele disse que o telefone Nextel que tinha, que ligava para muitas pessoas. Usou em sua defesa para confirmar a ideia de que aquilo não era grampeável, digamos assim. (Ligava) para outras pessoas que não faziam parte daquele clube... A quebra do sigilo telefônico vai comprovar se isso é verdade ou não. Se comprova que não é verdade, mostra que de fato ele só usava o telefone para se comunicar com algumas pessoas. Isso é algo fortemente suspeito. Além de que isso representaria que ele não teria sido fiel à verdade no depoimento", disse, lembrando que mentira à Comissão também configura quebra de decoro.

"Tudo isso a gente vai ver. Mas eu só vou elaborar isso aí (o relatório) nas próximas duas semanas". Humberto Costa disse ainda que o silêncio de Demóstenes na CPI vai contra a sua defesa e que o argumento de que tudo que tinha a falar foi dito no Conselho de Ética não se justificaria. "No Conselho de Ética, ele é réu, ele apresentou sua defesa. Na CPI, foi convocado como testemunha. Seria uma coisa inteiramente diferenciada do que foi o depoimento no Conselho de Ética".

Sobre o bate-boca na CPI, o relator do conselho disso que o presidente da CPI tem conduzindo adequadamente o processo. E que diversos parlamentares estariam usando a comissão para aparecer. "Não é só o Silvio Costa que se excede, agindo inclusive de maneira desrespeitosa. Esse episódio de hoje deve servir como referência. O que eu acho que poderia ser o centro da intervenção da CPI é a análise dos documentos que já existem. Isso sim pode pautar um bom encaminhamento. A prova testemunhal tem suas limitações, suas restrições. temos documentação suficiente para saber o que acontecia nessa organização", finalizou.

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