Vídeo| Foto: RPC TV

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reuniu a cúpula do PMDB na tarde desta terça-feira e cobrou apoio irrestrito e pressa na conclusão dos trabalhos do Conselho de Ética. A ordem é evitar que seja novamente adiada a votação do parecer pedindo o arquivamento da representação do PSOL. Logo depois da reunião, no entanto, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu em plenário a renúncia de Renan à presidência do Senado. Renan não estava no plenário.

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O pedido de afastamento se deu pelas acusações de que Renan Calheiros recebe ajuda de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos.

Para Simon, Renan não pode continuar no cargo. "Ele não pode continuar. O senador Renan tem que ter esse gesto de grandeza de renunciar ao mandato de presidente do Senado. É o Senado que está sangrando", disse Simon aos senadores. "Ele (Renan) foi se desgastando, chegando a um determinado momento em que a explicação não convence", ressaltou.

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É a primeira vez que Simon pede, em plenário, a saída de Renan. Simon é do próprio partido de Renan, embora seja politicamente distante do presidente do Senado. "O senador Jefferson Perez (PDT-AM) já havia pedido isso (o afastamento). Levei mais tempo porque fiquei na expectativa", afirmou Simon.

Simon falou durante discurso do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Mais cauteloso, Cristovam não pediu a saída de Renan da presidência, mas defendeu uma investigação profunda, sem arquivamento imediato do processo no Conselho de Ética.

"Estamos vivendo um momento, talvez, dos mais graves que já viveu a democracia brasileira. O processo político, como um processo natural, vai evoluindo aos poucos, e, de repente, uma gota d'água faz com que uma represa se derrame", disse. "Não sou do Conselho de Ética, mas não me sinto no direito à omissão como brasileiro preocupado e como político responsável".