Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, disse, em delação premiada, que o presidente do Senado, Renan Calheiros, tentou impedir a recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República, para tentar barrar o avanço da Lava Jato. Mas recuou da manobra porque “ninguém é mosqueteiro” na política, o que significa, conforme o depoimento, que “Renan não quis ir contra a voz rouca das ruas”.
A suposta tentativa de Renan de evitar a recondução de Janot na Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia sido revelada por um áudio gravado por Machado e divulgado no fim de maio. Na conversa, Renan diz que tentou evitar a permanência de Janot no comando da PGR, mas disse que “estava só”.
Renan sinaliza que pretende aceitar pedido de impeachment de Janot
Alvo de um pedido de prisão do procurador-geral da República, presidente do Senado não esconde sua revolta com o novo desafeto político
Leia a matéria completaPara ser reconduzido ao cargo, Janot precisou passar pela aprovação do Senado. Com os desdobramentos da Lava Jato, o procurador-geral enfrentou resistências veladas e abertas, como a do ex-presidente da República e senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), denunciado na Lava Jato. Após sabatina de mais de 10 horas na Comissão de Constituição e Justiça, a recondução foi aprovada por 59 votos contra 12 no plenário do Senado.
A delação de Machado envolveu 24 políticos de nove partidos. Além de Renan, entre os citados está o senador Aécio Neves (PSDB-MG); o senador Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro do Planejamento do governo interino; e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). O PT, partido da presidente afastada Dilma Rousseff, teve cinco políticos citados.
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