O presidente do Senado, Renan Calheiros, negou nesta quarta-feira que esteja pressionando para que haja autoconvocação do Congresso durante o recesso. Renan disse que o Senado já votou todas as matérias que chegaram à Casa e cobrou uma decisão coletiva dos líderes e do Congresso, principalmente do presidente da Câmara, Aldo Rebelo.

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- Essa decisão não é minha. Essa decisão tem que ser tomada coletivamente, principalmente pelo presidente da Câmara, porque o Senado não tem nenhuma necessidade de ser convocado. Não há pressão. Não há necessidade de convocar pelo Senado, que votou tudo que tinha para ser votado, absolutamente. Só não votamos as matérias que não saíram da Câmara, mas aí, paciência - afirmou.

Renan disse que não está defendendo a autoconvocação, mas afirmou que a sociedade quer uma resposta sobre as investigações das CPIs e do Conselho de Ética. E cobrou o anúncio de uma decisão até o fim desta quarta-feira.

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- Eu não tenho posição a defender. Essa decisão é coletiva e tem que ser coletiva mesmo, e espero que até o fim do dia se encontre uma solução. Eu nunca defendi autoconvocação. Eu disse que tínhamos que decidir o que é melhor. Se autoconvocar é pagar o preço político que isso significa, ou então manter o recesso e paralisar as investigações - afirmou.

O custo total da autoconvocação do Congresso durante o mês de janeiro e a primeira quinzena de fevereiro deve chegar a R$ 50 milhões, dos quais R$ 15,2 milhões apenas com os salários extras dos deputados e senadores.