O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não quis comentar a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deflagrou nesta quarta-feira (2) o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Para ele, como o caso será analisado primeiro pelos deputados, não seria prudente que ele antecipasse qualquer posição. “Os fatos não estão instruídos. Não conheço o que é que o processo contém. Dependendo do que acontecerá na Câmara virá ou não para o Senado. Portanto, não é prudente antecipar qualquer posição”, disse.
Renan se recusou a dar qualquer outra declaração e disse que sua fala era apenas uma “deferência” aos jornalistas.
Cunha anunciou sua decisão enquanto ocorria a sessão conjunta do Congresso, presidida por Renan, que aprovou a alteração da meta fiscal para este ano, autorizando o governo a ter um deficit de R$ 119,9 bilhões.
A decisão foi tomada em retaliação à Executiva Nacional do PT e ao Palácio do Planalto. Na tentativa de recuperar o apoio do PSDB, que anunciou no mês passado o rompimento com o peemedebista, Cunha decidiu acolher o pedido de afastamento da petista apoiado pelo partido e assinado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Pascoal.
No seu anúncio, Cunha tentou evitar relacionar sua decisão à posição da bancada do PT na Câmara dos Deputados de votar pelo prosseguimento no Conselho de Ética do processo de cassação de seu mandato. Segundo ele, sua definição é um “gesto delicado”, em um momento no qual “o país atravessa uma situação difícil”, mas que não há mais “condições de postergar”.
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