O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta terça-feira (11) que escolherá a renúncia ou a licença do cargo para obter votos que lhe garantam a absolvição em plenário. "Qualquer coisa que diga respeito à licença ou renúncia não faz parte da minha personalidade", garantiu Renan ao chegar no Congresso no final desta manhã.
A cassação do mandato de Renan será decidida nesta quarta-feira (12) pelo plenário em votação secreta. A sessão também deve acontecer com portas fechadas, conforme o regimento da Casa. Ele teve a cassação recomendada pelo Conselho de Ética, sob a acusação de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Junior.
"Eu lutei 120 dias com sofrimento, com dor, com exposição da minha família para provar a minha verdade e a minha inocência. Não tem sentido, absolutamente nenhum sentido, que agora se faça isso. Seria um desrespeito ao Brasil e ao Senado brasileiro", completou Renan.
O presidente do Senado apresenta nesta terça aos outros 80 senadores um documento para tentar preservar seu mandato. O memorial foi finalizado durante a madrugada.
"A esta altura, só resta uma defesa política. É isso que será feito", informou um importante aliado de Renan.
Voto perdido
Na tarde desta terça-feira, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) deve comunicar no microfone, durante a sessão no plenário do Senado, os motivos pelos quais votará pela cassação do mandato de Renan.
Opositores e aliados do presidente do Senado, contudo, ainda avaliam que o resultado da votação do processo de cassação é incerto. No entanto, é pensamento da maioria na Casa que, uma vez absolvido, Renan Calheiros não terá mais condições políticas de permanecer na Presidência.
"Absolvendo Renan, ninguém mais vai obedecer a sua liderança", afirmou o senador Jefferson Péres (PDT-AM).
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