São Paulo – Os repasses do Fundo de Participação dos Municípios – formado pela arrecadação do Imposto de Renda (pessoa física) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - são a principal fonte de receita de 81% das 5.561 cidades brasileiras, segundo dados da Associação Brasileira de Municípios (ABM).

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O fundo é dividido de acordo com faixas populacionais. Como houve muita migração devido a assentamentos e ao êxodo rural, alguns municípios perderam população e outros ganharam desde o último censo, em 2000, mas as mudanças não se refletiram nas estatísticas.

Conseqüentemente, também não se reproduziram na divisão do bolo.

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"Aqueles municípios que passaram por um surto de crescimento populacional e estão com os repasses muito defasados tinham esperança na contagem populacional", diz José Carlos Rassier, diretor-executivo da ABM. A associação enviou uma requisição ao Congresso pedindo a liberação de recursos para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fazer a contagem da população.

"É lamentável que o governo federal não tenha atendido os pedidos do IBGE para realizar a contagem populacional – isso é um descaso com os municípios, que dependem disso", diz Sérgio Bessermann, ex-presidente do IBGE e diretor de informações do Instituto Pereira Passos, da prefeitura do Rio, alertando que, de outra forma, esses dados só estarão disponíveis em 2011.