R$ 4,2 bilhões é o valor total das dívidas que o governo Beto Richa contraiu ou pretende contrair até aqui, dois anos depois do início da gestão.

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O senador Roberto Requião (PMDB) barrou ontem à noite a votação no plenário do Senado de um empréstimo de 350 milhões de dólares (R$ 731,5 milhões) do Banco Mundial (Bird) para o estado do Paraná. O contrato é o maior de um pacote de cinco negociações internacionais conduzidas desde o ano passado pelo governo Beto Richa (PSDB), que totalizam 635,7 milhões de dólares (R$ 1,329 bilhão).

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Requião falou que não aceitaria votar a proposta "no escuro". "Eu quero me recusar a votar um empréstimo que vai sobrecarregar o meu estado, o estado que eu represento, sem ter a menor ideia do destino desse recurso. Coloco minha objeção, ao mesmo tempo que tentarei obstruir isso", disse o senador.

Com o posicionamento, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), retirou o texto da pauta. A manifestação ocorreu logo após a apreciação de empréstimos similares para Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao contestar a votação, Requião indagou o relator da proposta, senador Delcídio Amaral, (PT-MS) sobre o destino da verba.

Amaral não soube explicar, mas disse que a negociação já havia passado por análise de vários órgãos de fiscalização do governo federal, como a Secretaria do Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda. Na manhã de ontem, antes de ser remetida ao Senado, a documentação foi assinada pela presidente Dilma Rousseff e pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Os recursos do Bird serão utilizados em projetos nas áreas de educação (Renova Escola), saúde (Mãe Paranaense e Rede de Urgência e Emergência), desenvolvimento rural sustentável, gestão ambiental e de riscos de desastres e em ações de qualificação e modernização do serviço público. A expectativa é que o projeto volte à pauta do plenário do Senado hoje – caso contrário, a aprovação do empréstimo ficará para 2013.