Governador criticou os 12 deputados que não estavam na sessão

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Nova PEC

O deputado Marcelo Rangel (PPS) apresentou uma nova proposta de emenda constitucional. A nova PEC tem uma mudança pontual em relação ao projeto original. O novo texto diz que as empresas estarão sujeitas a perda dos incentivos somente em caso de demissão coletiva acima de 100 trabalhadores.

O líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli, pediu aos 32 deputados que votaram pela PEC de Emprego que apóiem a nova proposta do deputado Marcelo Rangel.

O governador Roberto Requião (PMBD) reagiu e criticou, nesta quinta-feira (12), os deputados paranaenses que rejeitaram a PEC do Emprego. A intenção do governo com a proposta era conceder incentivos fiscais apenas para as empresas no Paraná que criarem ou mantiverem empregos . O projeto foi votado na sessão plenária de quarta-feira (11) na Assembleia Legislativa e não foi aprovado por um voto.

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"Os omissos derrotaram os trabalhadores do Paraná e votaram a favor do desemprego", declarou o governador em entrevista ao telejornal ParanáTV 1ª edição, nesta manhã em Foz do Iguaçu, Oeste do estado. Para Requião, a votação foi uma vergonha. "Isso vai ficar marcado na História do Paraná como o dia da vergonha na Assembleia Legislativa", afirmou.

Na votação, 32 deputados foram favoráveis a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), mas para aprovação era preciso pelo menos 33. Nove deputados foram contrários e 12 não estavam presentes no plenário. Dos parlamentares ausentes, nove pertencem a partidos políticos que apóiam o governo.

Requião fez duras criticas aos deputados que não participaram da sessão. "Numa crise onde os empregos estão ameaçados têm deputados que se recusam a ir ao plenário. Vão passear no interior e deixam o interesse do conjunto dos trabalhadores ser derrotado por um voto", disparou.

Requião pediu para os eleitores pressionarem os deputados. "É muito importante que nas próximas eleições a população observe o comportamento dos seus deputados. Eles pedem votos dos trabalhadores e votam contra eles na sua possibilidade de alterar a realidade do estado", disse. O governador ainda soltou o verbo dizendo uma frase que classificou como uma recomendação de interesse público: "um pau nos omissos e nos que votaram contra o interesse dos trabalhadores do Paraná".

Rebatendo as críticas

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A derrubada da PEC foi o assunto mais discutido na Assembleia na tarde desta quinta-feira. Alguns parlamentares rebateram as críticas do governador, outros tentaram justificar a ausência na votação. O deputado Pedro Ivo (PT) disse que não sabia que o projeto estava na pauta do dia. Já Edson Straposson (PMDB) saiu pouco antes da votação. Ele alegou que tinha hora no médico. "Acho que o Romanelli vendo que não havia quórum suficiente no plenário para votação poderia ter pedido a retirada do projeto da pauta", disse.

O deputado Ney Leprevost (PP) rebateu as críticas. "O governador cuida do governo do estado e os deputados da Assembleia. Como diz aquela música, que não me agrada muito, mas nesta situação cabe perfeitamente: cada um no seu quadrado", disse em entrevista ao ParanáTV.

Pontos contrários

A falta de fiscalização foi um dos pontos levantados pelos parlamentares que votaram contra o projeto. O deputado Valdir Rossoni (PSDB) afirmou que a intenção era boa, mas que o projeto não tinha aplicabilidade. Ele defendeu a implantação de políticas de incentivo do consumo para assegurar os empregos durante a crise econômica.

O líder dos Democratas, Plauto Miro, propôs a redução dos impostos estaduais. O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do governo na Assembleia, defendeu o projeto dizendo que uma parceria com os sindicatos poderia resolver o problema da fiscalização.

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