O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), adiou para a próxima semana a reunião de líderes da Casa para discutir com o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) a situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Alves está se recuperando de uma cirurgia em Natal (RN). A expectativa é que os líderes façam um apelo para que Feliciano deixe a presidência da comissão.
Eleito em março para o comando da comissão, o pastor tem sido criticado por opiniões consideradas homofóbicas e racistas. O deputado nega e diz que defende posições comuns a evangélicos, como ser contra a união homossexual. Na semana passada, Alves passou por uma cirurgia em São Paulo para corrigir uma hérnia abdominal. O peemedebista já deixou o hospital e está em Natal. Segundo sua assessoria, por orientação médica, ele ficará esta semana de repouso.
O comando da Câmara ficará com o vice-presidente André Vargas (PT-PR). A assessoria disse que todos os compromissos foram adiados para a semana que vem, inclusive a reunião com Feliciano. Ainda não há informações se Vargas tentará algum contato com Feliciano.
A comissão volta a se reunir na quarta-feira. O deputado tem sido blindado pela cúpula do PSC e dos principais líderes evangélicos da Câmara, como Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Anthony Garotinho (PR-RJ).
Feliciano tenta manter uma agenda normal de trabalho e também continua com declarações polêmicas. Durante um culto num ginásio de Passos (348 km de BH), no sul de Minas Gerais, no fim de semana, ele disse que o colegiado era "dominado por Satanás" antes de sua chegada ao posto.
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