O governador Beto Richa (PSDB) confirmou nesta sexta-feira (4) que vai manter o subsídio para o transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana para garantir a atual tarifa de ônibus (R$ 2,60) até o mês de maio. Sem representar investimentos novos por parte do governo, o anúncio apenas reafirma o convênio realizado em maio do ano passado entre Beto Richa e Luciano Ducci (então prefeito da capital), que previa cerca de R$64 milhões de reais para o transporte coletivo.
De acordo com a prefeitura, dos quase R$64 milhões previstos para o subsídio, foram repassados R$ 33,6 milhões em 2012. Outros R$ 6,5 milhões também foram empenhados em dezembro do ano passado e serão pagos na próxima semana. Os R$23,8 milhões restantes deverão ser repassados entre janeiro e maio de 2013.
Após o fim do convênio, conforme a assessoria de imprensa do governador, novas medidas para manter a tarifa serão discutidas. "Este subsídio dado ao atual prefeito de Curitiba está nos mesmos parâmetros do qual foi repassado ao anterior", garantiu Richa em entrevista à Agência Estadual de Notícias.
Prefeitura
Em seu perfil na rede social Twitter, Gustavo Fruet (PDT), prefeito de Curitiba, disse que, apesar da manutenção do convênio, seguem as tentativas de renovação do subsídio. "Não havendo renovação, a partir de abril, será mais um fator a pesar na tarifa", informou o prefeito.
A assessoria de imprensa de Fruet disse, por meio de nota, que o prefeito agradece a compreensão de Beto Richa e que, nos próximos dias, será feito um pedido oficial para que o subsídio seja renovado por mais doze meses.
Além disso, a assessoria também informou ainda que "além do subsídio, irão pesar na definição da tarifa fatores como a data-base dos motoristas e cobradores em fevereiro, o fim da dupla jornada sancionada no final de dezembro pelo ex-prefeito e a renovação da frota".
Embate
No dia 19 de dezembro, o governador Beto Richa sinalizou que não iria conseguir manter 100% do subsídio estadual para a tarifa do transporte coletivo em Curitiba e região metropolitana. A declaração emperrou as negociações entre Richa e Fruet, que, até então, defendia uma maior participação do estado para cobrir o rombo nas contas do sistema.