O governador Beto Richa (PSDB) sancionou na quarta-feira (30) as leis que preveem, entre outras mudanças, a fusão das secretarias de Esporte e Turismo e o corte de cargos comissionados no Executivo, acompanhado da criação de funções gratificadas para servidores efetivos. A sanção ocorreu apenas dois dias depois do "tratoraço" promovido na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para aprovar um pacote de projetos de lei apresentados pelo Executivo do estado.

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De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias, as leis cortam mil cargos comissionados no governo, o que promoveria uma economia de R$ 48 milhões por ano. Mas a economia não deve chegar a esse total, porque ao mesmo o tempo que extinguiu cargos, o governo anunciou a criação de mil funções gratificadas para servidores efetivos. Além disso, mil cargos extintos, 400 deles não estão ocupados atualmente, o que levanta dúvidas sobre o real valor de economia.

Richa também sancionou a lei que transfere para a Secretaria da Fazenda as principais atividades da Secretaria do Planejamento, praticamente esvaziando a pasta hoje comandada por Cassio Taniguchi. Após a mudança, a Leis de Diretrizes Orçamentárias e dos Orçamentos Anuais, que antes era feita pela pasta de planejamento, será elaborada pela Secretaria da Fazenda.

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A sanção do governador às leis envolvem também a extinção das secretarias de Controle Interno e Corregedoria e Ouvidoria Geral. A partir de agora, as funções das duas pastas serão unificadas na Controladoria Geral do Estado. Esse órgão terá a função de coordenar, controlar e avaliar as atividades internas do governo. Nessa mesma esfera das mudanças em secretarias está a lei, sancionada por Richa, que funde em uma única pasta as secretarias do Esporte, do Turismo e de Assuntos da Copa do Mundo de 2014. As alterações nesse aspecto envolvem também um novo nome à EcoParaná, que agora se chama Paraná Projetos e é vinculada à Secretaria do Planejamento.

Polêmica

Beto Richa (PSDB) anunciou cortes e fusões em secretarias, com a extinção de cargos, em 27 de setembro. A medida causou polêmica ao ser apresentada, pois o texto da proposta encaminhado ao Legislativo não especificava exatamente quais cargos em comissão serão extintos. Desde então, a bancada de oposição vinha criticando o fato de ter de votar o projeto "no escuro". Os oposicionistas chegaram a protocolar um pedido de informações para tentar apurar quantas das vagas comissionadas que serão cortadas estão ocupadas, mas o pedido foi rejeitado pelo plenário.

Após a chegada na Alep, na semana passada, os projetos de lei que o Executivo apresentou tiveram uma aprovação relâmpago (em alguns casos com tramitação de menos de 24 horas). Isso foi possível graças à realização de sessões extraordinárias em sequência e a uma manobra regimental chamada de comissão geral de plenário. Com esse artifício, matérias consideradas "urgentes" — a maioria de interesse do governo — têm o trâmite acelerado, pois não precisam passar pela análise prévia das comissões às quais teriam de ser submetidas antes de irem à votação em plenário.

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