Rocha Loures: escolha de vice de Osmar desagradou a Requião| Foto: Brizza Cavalcante/Agência Câmara

A indicação do candidato a vice na chapa do senador Osmar Dias (PDT) para o governo do estado causou mais um atrito entre o ex-governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) e o atual, Orlando Pessuti (PMDB). Coube a Pessuti, que desistiu da candidatura à reeleição para apoiar Osmar, a responsabilidade de indicar o vice. O escolhido por ele foi o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB). Requião, que queria ver o deputado estadual Caíto Quintana na vice, não gostou da decisão.

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"Queria um nome mais antigo do partido", afirmou o ex-governador, que disputará uma vaga ao Senado na chapa de Osmar. A outra vaga coube à petista Gleisi Hoffmann. "Mas a minha voz está fraca dentro do PMDB", completou. Requião garantiu que não se trata de criticar Rocha Loures. "Ele foi meu chefe de gabinete no governo. Não sou eu que vou falar mal dele", disse o ex-governador, que afirmu não ter sido consultado sobre a indicação.

O PMDB iniciou às 18 horas uma reunião em Curitiba para aprovar todo o pacote da coligação. Na ausência de Requião, o sobrinho do ex-governador, João Arruda, que tem cargo de secretário-geral do partido no estado, fez um discurso criticando o modo como Rocha Loures havia sido indicado. "O nome não foi aprovado pelo diretório", disse, afirmando que poderia "receber retaliações" por criticar os termos do acordo com o PDT.

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Waldyr Pugliesi, presidente do PMDB paranaense, defendeu a indicação de Rocha Loures dizendo que o acordo era claro e que cabia a Pessuti, "que teve a grandeza de abrir mão de sua candidatura", escolher o vice na chapa.

Osmar Dias não comentou a indicação do deputado e não deu entrevistas durante todo o dia de ontem. Segundo sua assessoria, o senador só falaria com a imprensa depois que todos os detalhes de sua chapa estivessem acertados. Até o fechamento desta edição, isso não havia acontecido. A expectativa é de que o senador marque uma coletiva de imprensa hoje para falar sobre a eleição estadual.

Pessuti

O governador Orlando Pessuti disse que o fato de ele ter aberto mão da reeleição não signfica uma "desistência". "Eu não desisto de nada. Não sou candidato, portanto não tenho de desistir. Deixo de participar desta eleição." Pessuti afirmou que "daqui a dois anos temos eleições para a prefeitura de Curitiba e de todos os municípios do Paraná e daqui a quatro anos teremos novas eleições". Não disse claramente, no entanto, qual deve ser o seu futuro político. (RWG)

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